Ana, uma jovem outrora vibrante, via-se paralisada por um temor sutil, mas avassalador: o medo das rotinas diárias . Não era uma fobia de algo específico, mas uma apreensão que se infiltrava em cada tarefa. Lavar a louça, responder a um e-mail, ir ao supermercado – cada um desses atos se transformava numa montanha intransponível. Seu cérebro, antes um motor de ideias, agora parecia uma "bateria sem eletricidade" , um campo propício para o medo. A paralisação de Ana começava com uma hesitação quase imperceptível, que logo virava tensão e uma estranha inquietação . Sentia-se como se estivesse diante de uma situação de perigo, real ou imaginário , exibindo as respostas típicas, embora sem uma ameaça visível. A ideia de iniciar algo, por mais simples que fosse, soava como a voz do "demônio do medo" sussurrando: "Não podes fazer isso. Tens medo de experimentar. Temes a opinião pública. Tens medo de fracassar. Tens medo de não possuir habilidad...