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TRAUMA PSICOLÓGICO

Olá, meu nome é Everton Andrade, desenvolvo em meus atendimentos, as técnicas da psicanálise, a fim de atingir os objetvos de cada pessoa. 

Você é único(a), merece respeito e atenção!


O Trauma Psicológico refere-se a uma resposta emocional e psicológica profunda a um evento ou série de eventos extremamente estressantes, ameaçadores ou prejudiciais que sobrecarregam a capacidade de um indivíduo de lidar com eles.



Conceitos e Definições Importantes:


Evento Traumático:

  • Para a psicologia e psiquiatria (em manuais como o DSM-5 e a CID-11), o termo é usado para descrever a exposição a experiências graves, como eventos concretos ou ameaças de morte, lesão grave ou violência sexual.

  • Inclui vivências diretas, ser testemunha de eventos em outras pessoas, ou saber que um ente querido foi vítima.

  • Geralmente são experiências:

    • Inesperadas.

    • Para as quais o indivíduo não estava preparado para lidar.

    • Nas quais o indivíduo se sente impossibilitado de evitar que acontecessem.







Natureza da Resposta (e não apenas o Evento):

  • O "trauma" não é um diagnóstico psiquiátrico específico, mas sim o impacto duradouro e o sofrimento que a experiência grave causa na mente.

  • A exposição a um evento traumático não implica, obrigatoriamente, no desenvolvimento de um transtorno. Muitas pessoas se recuperam espontaneamente.







  • Tipos de Trauma:

    • Trauma Direto: O indivíduo vivencia o evento.

    • Trauma Vicário (ou Secundário): Ocorre pela exposição indireta, como testemunhar violência, ouvir sobre o sofrimento de entes queridos ou em profissionais que socorrem vítimas (por exemplo, profissionais de saúde).

    • Trauma Complexo: Resulta da vivência de múltiplas ou prolongadas situações de esgotamento mental e eventos traumáticos (geralmente repetitivos e interpessoais, como abuso ou negligência crônica).






  • Sintomas Comuns: Os sintomas podem ser variados e afetar emoções, pensamentos e o corpo, incluindo:

    • Revivescência (Intrusões): Pesadelos, flashbacks ou pensamentos intrusivos e recorrentes sobre o evento.

    • Evitação: Tendência a evitar lugares, pessoas, conversas ou atividades que tragam recordações dolorosas do evento.

    • Alterações Negativas no Humor e Cognição: Dificuldade em lembrar ou falar sobre o evento, visão negativa do futuro, culpa, vergonha, e incapacidade de sentir emoções positivas.

    • Hipervigilância e Aumento de Reatividade: Estado de alerta intenso e permanente, irritabilidade, dificuldade de concentração, reações exageradas a eventos inesperados (sustos), e problemas de sono.









  • Relação com Transtornos:

    • O trauma é um fator de risco para o desenvolvimento de condições como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), que é um diagnóstico psiquiátrico específico que acomete uma proporção de indivíduos expostos.

Reconhecer os sinais do trauma e procurar ajuda profissional (psicólogo ou psiquiatra) é essencial para o processo de cura e recuperação.






A forma como uma pessoa reage a um evento potencialmente traumático 

é profundamente influenciada por uma complexa interação de 

fatores individuais e ambientais, que incluem:




  1. Resiliência e Vulnerabilidade:

    • Resiliência é a capacidade humana de lidar, superar e até mesmo sair fortalecido de situações de adversidade, incluindo traumas. É um processo dinâmico.

    • Vulnerabilidade é a maior suscetibilidade de desenvolver um distúrbio ou sofrimento significativo após um evento traumático.

    • Um mesmo evento pode ser traumático a ponto de impossibilitar uma pessoa de seguir sua vida, enquanto outra, embora passe por dificuldades, consegue elaborar e continuar a viver. A resiliência é um dos principais conceitos que explica essa diferença.





  1. Fatores Individuais (Internos):

    • Características de Personalidade: Traços como a "robustez" (hardiness), que envolve manter o controle, a confiança e o compromisso, podem atuar como fatores de proteção.

    • Histórico de Vida e Experiências Prévias: As experiências vividas, especialmente na infância (como o tipo de apego e a exposição a estressores), moldam a capacidade de regulação emocional e a forma de processar o medo e a dor.

    • Aspectos Biológicos: A regulação de hormônios e neurotransmissores no cérebro, influenciada por fatores genéticos, pode impactar a maneira como o corpo e a mente lidam com o estresse.

    • Mecanismos de Coping (Enfrentamento): As estratégias que a pessoa desenvolveu para lidar com o estresse e as dificuldades ao longo da vida.




  1. Fatores Ambientais e de Suporte:

    • Educação e Conhecimento: O acesso a informações e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais (parte da "educação") são cruciais.

    • Suporte Social: Estar inserido em um ambiente acolhedor, solidário e ter acesso a uma rede de apoio de qualidade (família, amigos, comunidade) é um dos fatores mais importantes para amortecer a resposta ao estresse e promover a recuperação.

    • Recursos (Acesso a Saúde Mental): A possibilidade de buscar ajuda profissional (psicoterapia, psiquiatria) facilita a reestruturação cognitiva e emocional necessária para superar o trauma.







Essa variabilidade individual reforça a necessidade de abordagens personalizadas no tratamento do trauma psicológico, onde a intervenção leva em conta a história única, os recursos e as necessidades de cada indivíduo.



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Principais conceitos e definições técnicas:


I. Conceitos Fundamentais sobre Trauma

  1. Evento Traumático (ou Estressor Traumático):

    • Definição: Uma situação real ou percebida de exposição à morte, ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual (sofrida diretamente, testemunhada, ocorrida com um ente querido, ou por exposição repetida a detalhes aversivos do evento, como em profissionais de resgate).

  2. Trauma Simples (Tipo I):

    • Definição: Resulta de um único evento traumático, súbito e circunscrito no tempo (Ex: um acidente grave, um assalto).

  3. Trauma Complexo (Tipo II):

    • Definição: Resulta da exposição repetida ou prolongada a eventos extremos, geralmente de natureza interpessoal e invasiva, como abuso, negligência crônica ou violência doméstica prolongada. Está mais associado a alterações no desenvolvimento da personalidade e nos relacionamentos.

  4. Trauma Vicário (ou Secundário):

    • Definição: Sofrimento emocional desenvolvido por um indivíduo que testemunha de perto o trauma de outra pessoa ou é exposto repetidamente a detalhes gráficos (comum em profissionais de saúde, socorristas, terapeutas ou familiares de vítimas).

  5. Peritraumático:

    • Definição: Refere-se a tudo que ocorre durante a experiência traumática. A Dissociação Peritraumática (sensação de estar "fora do ar" ou desligado durante o evento) é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de TEPT.

II. Transtornos Relacionados ao Trauma e Estressores

  1. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) - Post-Traumatic Stress Disorder (PTSD):

    • Definição: É uma patologia mental caracterizada pela persistência de sintomas específicos (por mais de um mês) após a exposição a um trauma.

    • Sintomas (Divididos em 4 Categorias no DSM-5):

      • Intrusões (Revivescência): Lembranças recorrentes e involuntárias, pesadelos e flashbacks (sentir ou agir como se o evento estivesse acontecendo de novo).

      • Evitação (Esquiva): Esforço persistente para evitar pensamentos, sentimentos, conversas, locais, pessoas ou atividades que lembrem o trauma.

      • Alterações Negativas na Cognição e Humor: Crenças exageradas e negativas sobre si mesmo, o mundo ou as consequências do trauma, estado emocional negativo persistente (medo, culpa, vergonha), e diminuição do interesse em atividades.

      • Alterações na Excitação e Reatividade (Hipervigilância): Irritabilidade ou explosões de raiva, comportamento imprudente/autodestrutivo, dificuldade de concentração, distúrbios do sono e Resposta de Sobressalto Exagerada.

  2. Transtorno de Estresse Agudo (TEA) - Acute Stress Disorder (ASD):

    • Definição: Apresenta sintomas semelhantes ao TEPT, mas ocorre e se resolve em um período mais curto: de 3 dias a 1 mês após o evento traumático. Se persistir após um mês, pode evoluir para TEPT.

  3. Transtorno de Adaptação:

    • Definição: Resposta emocional ou comportamental a um estressor (que não atende necessariamente aos critérios de trauma grave) que ocorre dentro de 3 meses e causa sofrimento ou prejuízo significativo no funcionamento social/ocupacional.

III. Diferenças Individuais e Resiliência

  1. Resiliência:

    • Definição (Psicologia): Capacidade de um indivíduo ou sistema social de lidar, se recuperar e se adaptar positivamente frente às adversidades, estressores ou traumas. Não significa ser "invulnerável", mas sim ter a habilidade de se reconstruir.

  2. Fatores de Risco:

    • Definição: Condições ou características (individuais, familiares ou ambientais) que aumentam a probabilidade de um indivíduo desenvolver um transtorno ou uma resposta negativa após a exposição ao trauma.

    • Exemplos: Trauma na infância, transtorno psiquiátrico prévio, pouco apoio social, magnitude da exposição ao trauma, violência interpessoal.

  3. Fatores de Proteção:

    • Definição: Condições ou características que diminuem o impacto negativo de um estressor ou trauma, moderando o risco e promovendo um desenvolvimento adequado.

    • Exemplos: Alto nível de resiliência, buscar ativamente ajuda, forte rede de apoio social, capacidade de regulação emocional, traços de personalidade como hardiness (robustez).

  4. Crescimento Pós-Traumático (Post-Traumatic Growth):

    • Definição: É a experiência de mudança psicológica positiva que pode ocorrer em resultado da luta contra circunstâncias de vida altamente desafiadoras. Inclui uma maior valorização da vida, mudanças nas prioridades, e um aprofundamento das relações interpessoais.



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