Clara era uma arquiteta brilhante, com ideias inovadoras e uma paixão que incendiava cada projeto que tocava. No entanto, sua carreira parecia estar sempre à beira de um grande avanço, apenas para tropeçar em um obstáculo invisível, um ciclo sutil de autossabotagem que bloqueava sua própria felicidade . Era como se, em um jogo de xadrez da vida, ela estivesse sempre jogando contra si mesma, movendo as peças de forma a garantir sua própria derrota. Em um de seus maiores projetos, Clara precisava finalizar a proposta para um concurso de design internacional que poderia catapultá-la ao reconhecimento global. Ela passava dias planejando, coletando referências, mas quando chegava a hora de realmente sentar e desenhar, surgia a procrastinação . A data limite se aproximava, e Clara se via adiando a tarefa, justificando com frases como "Eu trabalho melhor sob pressão", mesmo sabendo das consequências negativas do adiamento voluntário. Essa não era preguiça; ...